sábado, 24 de setembro de 2011

A CRUZ QUE CHEGOU DA ESPANHA…

Quanto maior a cruz, mais alto se eleva o crucificado! Da Espanha para o Brasil chegou o símbolo. Veio despido de qualquer enfeite; madeira comprida e nua, como foi a cruz de Jesus. É a cruz da JMJ, Jornada Mundial de Juventude. Anos atrás, fui à jornada do Canadá e voltei de lá esperançoso. Milhões de jovens sofrem a cruz, entendem a cruz dos outros e sabem que precisam ser descrucificadores. São chamados a suavizar cruzes ou a tirar alguém da cruz. Crucificar os pais, os amigos, os adversários, os outros? Nunca! A mística da cruz com toda a sua realidade, sem badulaques, sem enfeites, sem cravos de prata ou pedrarias incrustadas nela, faz sentido para eles. Disseram os jornais que no ultimo dia na Espanha havia quase 2 milhões de jovens católicos orando com o Papa por menos crucificados e menos cruzes… Afirmam que cerca de 100 mil deles foram com seus bispos e sacerdotes receber a cruz que veio da Espanha e que por dois anos, até 2013 rodará pelas dioceses do Brasil. Um grupo passou levando a cruz pela cracolândia, o maior centro de degradação de jovens de São Paulo. Vi pela televisão e por fotos, porque estava no Rio Grande de Norte celebrando os 190 anos de uma paróquia, e pregando sobre vida, fé e ecologia. Mas lá os jovens saudaram o símbolo que começava por S.Paulo e percorrerá o Brasil ao som de “No peito eu levo uma cruz, no meu coração o que disse Jesus…” A música é minha e tem 42 anos, mas a idéia de modernizá-la com centenas de vozes de nossos mais de 3 mil cantores da fé é de Padre Joãozinho,scj e Irmã Verônica,FSP. Eu já cheguei aos 70 e, ancião assumido que pretendo ser, olho para os jovens de agora com quem caminhei por mais de 50 anos, feliz por ver que desejam saber mais e compreender isso de ser católico numa sociedade eclética e muitas vezes crucificadora. Nesse tipo de sociedade, levar uma cruz no peito é desafiar os poderes que crucificam quem ousa questioná-los. Jesus não procurou a cruz mas não fugiu dela. Simão Cireneu também. Uma nova geração acaba de aceitar o desafio: entender, assumir e suavizar as cruzes deste país! Nada disso se faz sem catequese sólida. Se há uma coisa que a cruz não celebra é o oba, oba! Que não seja uma festa e, sim, um testemunho! Pe. Zezinho

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